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VÍDEO: Mulher trans que foi barrada em academia de Juazeiro-CE desabafa: “Eu não poderia ficar calada”

Proprietário de academia 'exclusiva para mulheres' barrou a matrícula de Jhully Carla por ela ser uma mulher trans, e o caso de transfobia repercutiu no Brasil

Por Luis Fernando Mifô

03/06/2022 às 17h19 • atualizado em 03/06/2022 às 17h36

A servidora pública Jhully Carla de Sousa, de 26 anos, participou do programa Olho Vivo, da TV Diário do Sertão, nesta sexta-feira (03), e relatou a situação constrangedora que ela passou em uma academia de Juazeiro do Norte-CE, na última segunda-feira (30).

O proprietário da academia ‘exclusiva para mulheres’, localizada no bairro Pirajá, barrou matrícula de Jhully por ela ser uma mulher trans. O caso de transfobia repercutiu em todo o Ceará e agora no Brasil.

Jhully explica que procurou a academia por indicação de uma amiga e também pela proximidade de sua casa. Ao ser barrada, ela teve seus direitos como consumidora e como mulher violados.

“Eu saí totalmente sem entender o que estava acontecendo porque eu nunca fui proibida de ir a outros lugares por conta da minha identidade de gênero”, disse a jovem.

Jhully Carla faz parte do Conselho Municipal de Direitos LGBTQIA+ de Juazeiro do Norte e tem experiência como ativista dos direitos da comunidade.

“Eu não poderia esconder o que me aconteceu, porque quando eu estou no assento do Conselho de Direitos LGBT eu estou ocupando o espaço de outras mulheres travestis e transexuais, eu estou sendo a referência delas, estou sendo o lugar de fala delas, eu não podia deixar isso passar”.

Logo após o ocorrido, a funcionária pública fez um Boletim de Ocorrência com protocolo de preconceito – conduta transfóbica.

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