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VÍDEO: Pai de homem morto por PM no Barro (CE) se ajoelha e faz apelo comovente por justiça: “Acorda, Brasil”

Carlos Anderson, de 32 anos, foi executado com um tiro na cabeça por um policial militar de 35 anos, que estava à paisana, quando os dois bebiam juntos na calçada de um bar na Vila Gonzaga. O crime foi flagrado por câmeras de segurança

Por Jocivan Pinheiro

03/04/2023 às 16h55 • atualizado em 03/04/2023 às 17h53

Cícero Mariano e Francisca Firmino, pai e mãe de Carlos Anderson da Silva Mariano, 32 anos, morto a sangue frio na noite da última quinta-feira (30), na cidade do Barro (CE), fizeram um apelo comovente na TV Diário do Sertão, nesta segunda-feira (03), pedindo justiça às autoridades policiais e jurídicas.

Carlos Anderson foi executado com um tiro na cabeça por um policial militar de 35 anos, que estava à paisana, quando os dois bebiam juntos na calçada de um bar na Vila Gonzaga. O crime foi flagrado por câmeras de segurança.

As imagens mostram que os dois estavam bebendo juntos e aparentemente não havia discussão entre eles. Porém, de repente o policial se levanta tranquilamente, pega a arma no seu carro e atira na cabeça de Anderson por detrás da vítima. Algumas pessoas que estavam chegando ao bar presenciaram a tragédia e saíram correndo em pânico. Após cometer o homicídio, o acusado fica parado, imóvel, por alguns segundos; em seguida foge de carro.

Segundo o delegado Paulo Hernesto Pereira Tavares, o acusado sofreu um acidente e abandonou o veículo; depois ele pegou caronas até chegar à cidade de Jaguaribe, onde foi preso.

Carlos Anderson foi morto com tiro na cabeça por policial militar no Barro-CE (Foto: Arquivo Pessoal)

Na praça central do Barro, os pais da vítima fizeram um clamor por justiça. Dona Francisca diz que seu coração está sangrando. “É irreparável a perda do meu filho. Eu só quero que as autoridades façam justiça. Não deixem a morte do meu filho impune”.

O pai, Cícero Mariano, que é um conhecido poeta na cidade, afirma que a dor pela perda do filho é terrível. “Meu chamamento não é partir para a vingança pessoal, mas sim clamar por justiça séria, com muita severidade, com muito amor ao próximo para que nenhum pai, nenhuma mãe, nenhum amigo da sociedade possa sofrer a dor terrível e imensa que ora eu estou sofrendo com a partida do meu filho, que foi assassinado covardemente, uma crueldade sem tamanho, por um ser humano que eu nem acredito se deva ser tratado como ser humano”.

Cícero Mariano se ajoelha para clamar por justiça. “Acorda, Brasil! Acorda, sociedade barrense! Acordem, brasileiros! Vamos fazer justiça com responsabilidade”.

No dia da missa de 30º dia de falecimento de Anderson, amigos e familiares farão um “Grito pela Paz”, percorrendo as principais ruas do Barro, parando em frente à delegacia, em frente ao fórum e terminando no Santuário da Divina Misericórdia.

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